A Lua

PoesiaSilvioFagno

Hoje cedo
lembrei aquele teu riso fácil
e olhar adolescente de quase
meio-dia.

Lembrei de coisas
que nem pensei que faziam falta
como: a tua falta de jeito ao derrubar
coisas.

Lembrei teu espaço rebelde,
teus traços e passos
e trejeitos - jeito moleque.
Manias - tão tuas - que nem sei
se existem em outras.

Agora,
neste exato momento,
estou em total silêncio
buscando algo da tua fala.
(...)
Em vão.

Por favor, pequena:
não me chames como tu chamas
a todos os outros.
Tu sabes, né?!

Ah!
Mas quando foi que tudo escureceu,
afinal?
Sim,
eu amo a noite,
mas não esta - sem teu canto,
sem teu colo, teu encanto,
tua luz.

Se,
ao menos, como antes,
me restasse a lua.

Ah, a lua...
no céu da tua boca.

Amanheças aqui!

  • Autor: Sílvio Fagno (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de abril de 2020 02:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14


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