O ser lídimo na genuína aventurança do regozijo
Maior inspiração de meus mórbidos devaneios
Preciso ver-te, porém de ti não ouso aproximar-me
Peço-te nos meus sonhos, mas és sempre ausente
E faz sempre presente em meus arraigados pensamentos
Não te esqueço, sempre me lembro, perpetuamente me prendo
Se te conjecturo, crio as mil tramas em minha atroz psique
Embora esporadicamente te veja, fujo e busco estar distante
Pois tua indiferença desprezível me fere o princípio vital
Enquanto eu sequer em mente consigo mandar-te partir
Talvez nem fostes a mais bela, quem sabe dizer-me a real?
Contudo, quem além de ti esteve em mim neste aflito porvir?
Me acudo da luz e busco incessantemente a escuridão
E acredite, busquei diversas respostas para esta obsessão
As causas encontrei, a cura, entretanto jamais findei
E cá estou, sabe-se lá como, todavia, uma alma subjetiva
Sondo perdido em sombras caliginosas tua efélide face
Eu, talvez um monstro melancólico, tolo misantrópico
Neste vazio de ondas deveras viscosas, que algo me mate!
Languidez neste cosmos repleto de turbas ignóbeis
E seja no universo, nas estrelas, contornando o luar
De tantas idas e vindas eu sempre volto ao mesmo lugar
- Autor: Godhici Reverie (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de agosto de 2020 22:46
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 7
Comentários1
Bonito poema em rico vocabulário.
Abraço
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