Obrigado, Mandela!

Como foste forte, grande Madiba

Numa terra devastada

Mas por ti tão estimada.

Quiseste ser simples cidadão

Amigo de teu irmão

Com alma e coração

E livre como outro qualquer.

Como aquele homem branco

Que em delírio se diverte

Sem pensar no sofrimento

De quem vive ao relento

Ou sente a dor letal

Da segregação racial.

Quiseste ter paz e igualdade

Ser tratado com lealdade

Frontalidade e fraternidade

Na tua terra natal

Pedaço de quintal

Rua estreita ou praça central

Capela pequena ou catedral

Na praia ou beira-rio

No calor ou cortante frio

Na aragem que arrefece

Ou brisa que entardece.

Foste preso e adoeceste.

Tiveste longos anos de prisão

Privação e exclusão

Sem que tal merecesses

Nem mal se reconhecesse

À luz de qualquer moral

Ou vertente espiritual.

Soubeste esperar sem vacilar

Leste e compreendeste

Mais do que qualquer outro letrado

Que o teu maior legado

Era o arco-íris de paz e concórdia

Humildade e simplicidade

Coragem e alegria

Com que nos brindavas no teu dia-a-dia.

Obrigado, grande Nelson Mandela!