A mente de um “novo convertido”

Neste tópico, eu quero falar sobre a minha experiência como novo convertido ao cristianismo e contar de maneira despretensiosa sobre a minha mente e tudo oque me aconteceu neste período.

Meu objetivo não é me enganar ou muito menos confundir alguém, mas sim desenvolver algumas questões que passam pela minha mente.

E eu acho interessante começar com uma breve apresentação:

Me chamo Gabriel, tenho 21 anos, estudo Administração e estou em 29 de Janeiro de 2025. Tenho alguns gostos um tanto quanto comuns em jovens adultos da minha idade e me considero uma pessoa questionadora.

Enfim, vamos ao que é importante né.

Sou péssimo com datas, sério, eu sou bem fraco nesse sentido. Talvez seja pelo TDAH ou qualquer outra coisa que as pessoas da minha idade desenvolveram na infância.

Com isso eu vos digo que não sei a data exata da minha conversão… mas não importa tanto a data e sim o ato.

Creio ter me convertido cerca de 5 meses atrás e fui à frente do altar da Igreja ABA de Curitiba quando um pastor perguntou se havia alguém presente que gostaria de aceitar Jesus. Eu fui junto da minha antiga namorada/ noiva e “aceitamos” Jesus naquele mesmo dia. Se me perguntar o porque de eu ter dado esse passo, não faço ideia… mas sei que senti Ele me chamando mais uma vez. Ao contrário de muitos que antes da conversão eram ateus ou simplesmente não tinham ligação alguma com Deus, eu sempre fui um pouco “espiritual” e consequentemente questionador. Costumava me questionar sobre minhas atitudes, eu tinha fé em Deus, mas não sabia como direcionar a minha fé. E por ser questionador a dúvida é algo anda muito presente na minha vida. Eu creio em Jesus, e ainda tenho momentos de incredulidade ou questionamentos sobre a veracidade de coisas que ouço ou vejo.

O fato é, aceitei Jesus e agora está tudo certo para seguir os seus passos. Certo…?

Errado! Quando aceitei Jesus e comecei a dar os primeiros passos para me tornar seu filho, eu me senti uma pessoa extremamente moralista e corretora do erro alheio. Neste período eu criei desavenças com familiares e colegas, desenvolvi alguns hábitos relacionados a julgamento e não sabia sobre o verdadeiro significado de ser filho de Deus e andar sobre seu caminho. (Eu acredito que seja um evento canônico na vida de muitos novos na fé).

Após desenvolver este “senso moralista” comecei a ter problemas com a minha família, com a minha (na época) namorada e colegas de trabalho. Isso se amenizou recentemente, quando meu antigo relacionamento foi encerrado e minha cabeça “bugou”. Sim, eu tive um período entre a conversão e o término em que tentei abraçar o mundo, então parei de ouvir músicas “mundanas”, evitava os palavrões e não quis mais ter relações sexuais pois me sentia impuro e errado fazendo isso. (E não estava errado ao fazer isso, somente em querer cuidar da fé e atitudes dos outros).

Também foi um momento de arrependimento e remorso, pude entender meus erros e assumir que era pecador tanto quanto os outros.

Após o termino deste namoro, eu tentei e tentei seguir o caminho de Cristo, mas eu caí e voltei ao “velho homem” por algumas vezes. Meu maior problema na época e que hoje estou tratando com o Senhor, é oque chamam de “PORNEIA” que na bíblia é uma palavra grega que se encaixa em diversos casos de imoralidade sexual. Então pode ser aplicado para vícios em pornografia, ter relações com alguém que você não é casado, desejar alguém na rua e por aí vai. No meu caso a PORNEIA foi algo que já me envergonhou diversas vezes, me trouxe uma visão sobre o mundo totalmente divergente da realidade e por muitas vezes prejudiquei o emocional da minha ex parceira. Além de me afastar do caminho do Senhor.

No entanto, após esse período de turbulência emocional e espiritual, eu pude entender e discernir muitas coisas. Me lembro de quando fiz meu primeiro jejum tentando ser o mais fiel ao que eu poderia entregar na época, e foi extremamente impactante na minha vida. Fiquei triste e sofri muito por entender que eu sou pecador e jamais poderei entregar a Deus algo a altura do que Ele faz por mim. Foi mais uma turbulência necessária e que ainda estou aprendendo a lidar com o jejum. (Geralmente faço de 6-12 horas somente com água).

Com isso, até agora contei sobre alguns problemas e turbulências que fizeram minha vida dar uma balançada, mas obviamente tive muitos momentos de felicidade e paz de espírito. Como por exemplo os primeiros arrepios do Espírito Santo, um amor incondicional que sinto em meu coração e confirmações através de sonhos ou palavra recebidas de algum irmão que foi usado por Deus.

Sentir a presença do Senhor durante o dia, durante uma oração ou simplesmente sentir no coração de glorificar o seu nome… isso não tem preço. Posso dizer que estou aprendendo a amar Jesus, ainda tenho muitas dificuldades e quero que ele cada vez mais assuma as rédeas da minha vida. Atualmente estou solteiro, conhecendo uma pessoa da igreja e pedindo a Deus que me corrija para que eu não possa ferir sua filha prometida a mim. Oro diariamente por perdão, agradecimento e correção.

Com isso, quero encerrar o capítulo com uma oração e que o Espírito Santo possa me conduzir:

“Pai, quero te agradecer por todo amor e carinho que entrega a mim. Sou grato por todo o livramento que o senhor me deu e por me permitir ser alguém saudável e capaz de te adorar. Sei que sou extremamente falho e que não sou digno da sua honra e glória, mas preciso do Senhor para viver. Meu Deus, Pai celestial e Rei dos Reis, eu humildemente te peço perdão pelos meus pecados. Sei que sou pecador e por muitas vezes cometo os mesmos erros. Então perdoa toda e qualquer iniquidade e pecados cometidos por mim.

Pai, venha ao meu coração e me preencha da tua presença pois quero estar cada dia mais próximo de ti. Espírito Santo, preencha o meu coração, a minha mente, os meus olhos, os meus ouvidos e minha boca. Não me permita ser pedra de tropeço na vida de alguém e me livra de todo mal. Peço que o Espírito Santo venha a me guiar, me proteger e me ensinar. Que toda a benção e presença do nosso Senhor Jesus caia por todos aqueles que estão lendo este texto e que possamos estar sempre presentes no caminho do Senhor, amém”.