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Quando morre um professor,
o mundo se apequena.
A cultura empobrece.
Mas ainda vale a pena,
sustentar sua luta.
Desfazer novas cadenas.
Tinha na sua alcunha,
o nome de um guerreiro.
Defensor de nossa lingua.
Santamarense brejeiro.
Poeta, artista, professor,
compositor Brasileiro.
Nos idos da ditadura,
Sua espada empunhou.
Lutou contra a tirania,
A sua verve brilhou.
Ao lado dos companheiros,
muitos desafios enfrentou.
Desculpe querido mestre.
Não aprendemos a lição.
Meninos e calados,
ainda à sombra da opressão.
Com medo do mal assombrado.
Que engana a população.
A dor da gente nos cala.
Devia nos impulsionar.
Como você poetizou,
e tentou nos ensinar.
Maldito curral do mundo,
continua a escravizar.
Nunca mais meu professor
vou sentir a sua presenca.
Mas sua lição é imortal.
Nos legou uma nova crença.
Sua poesia alertou,
vamos por fim a indiferença.
Vou lhe pedir um favor,
se o poetinha encontrar.
Fale de nossa massa,
que continua a vagar.
A Bahia chora triste,
mais uma perda a lamentar.
- Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de agosto de 2020 10:57
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 9
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