Carreguei por caminhos, um fardo grande,
Estou deitado e lembro de você,
Tinha um amor inseduzível
E sempre como nunca, deixou-me quieto
Admito sentir saudades de você
Sei que, o que fiz, não me levou a muitos caminhos
Levei mal suas palavras
Sinto saudades, você deitava ao meu lado e olhávamos um pro outro
Vou procurar você aonde quer que esteja
Vou carregar alegria e medo
Vou atrás do que passou e voltar pra o que devia ter feito
Vou me culpar por cada besteira que fizer
Tem certas partes de mim que eu tenho medo
...
Desculpe-me amor
Perdão a mim mesmo
Me culpo até hoje por aquilo
Ter pego em suas mãos e me obrigar
Me sujeitar àquilo
Você não sabia o que estava fazendo
Isso doeu várias vezes
Ele se repete na amargura
Ele é o culpado de tudo que fez
Ele só queria ir embora
Fechar essa porta
Mas ele é incapaz
Nunca pode e nunca vai conseguir dizer não
Com sua dor inimputável
Incapaz de ouvir um sim
Surdo do sim e do não
Mudo de qualquer certeza
Cego de qualquer tentativa
Morto por dentro mas vivo em seus pecados
Vivo em cada dor
Eu me faço sofrer
Essa é uma carta que não vou mandar
19 jan 2025 (01:29)
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Autor:
Desno (
Offline)
- Publicado: 20 de março de 2025 19:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
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