Tu que passeias entre as estrelas,
Com o olhar fixo em teus próprios passos,
Não te percas no ouro das ilusões,
Nem no brilho cativante de falsos laços.
Pois, nos jardins secretos da mente,
Onde o vento suave se veste de sonho,
O ser que vive sem pressa, sem tormenta,
Encontra o verdadeiro sentido no abandono.
E a beleza do mundo, em sua plenitude,
Não é nos gritos da fama que se esconde,
Mas no silêncio da alma em sua quietude,
Onde o ego se dissolve e o amor responde.
Indiferente ao riso das falsas glórias,
Tu caminhas, serena, pela senda de luz,
Pois quem desvia dos medos e das histórias
Tem nos braços da paz o que de mais belo seduz.
Ah, viverás a mais pura das vidas,
Não nas vitrines douradas da vaidade,
Mas no olhar que busca, na calmaria,
A eternidade nas coisas de verdade.
-
Autor:
Martins Goulart (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 19 de março de 2025 16:37
- Comentário do autor sobre o poema: Este belo soneto explora temas de espiritualidade, introspecção e busca pelo verdadeiro sentido da vida. Ele convida o leitor a evitar as ilusões do mundo exterior – como glórias falsas, vaidades e laços superficiais – e a se voltar para uma jornada interna. Nos "jardins secretos da mente", longe da pressa e dos tormentos, é onde se encontra a serenidade e o sentido mais profundo do existir. A obra também exalta a beleza do silêncio da alma, contrapondo-o ao barulho e superficialidade das conquistas mundanas. Há uma busca por uma vida autêntica e pura, que se revela não na ostentação ou no brilho ilusório, mas na calmaria do ser que procura "a eternidade nas coisas de verdade." É um convite à reflexão, à paz e à simplicidade, destacando que a plenitude está ao alcance daqueles que caminham pelo caminho da luz e da serenidade. Qual parte mais te cativou?
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 4
- Usuários favoritos deste poema: Lucas Guerreiro
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.