Penúmbra de Entendimento

wernerjpl

Percorrendo nas gramas úmidas da praça,

Vejo vidas esporádicas e radiantes

Cada uma contendo sua singular graça

Analisando com diligência, sigo adiante

Tais momentos quase nunca presenciei na vida

Isso faz sentir-me distinto das outras pessoas

Angústia experimento ao lembrar de minha querida

Pensamentos ríspidos em minha mente ressoa

Isto ocorre mais do que deveria

De forma cotidiana,

Em meio a algazarra da minha consciência corrosíva.

 

Me perco onde os olhos não querem ver

Porém, atento, olho diante a tal indivíduo desconhecido

Noto a aura alegre deste ser,

Que denota um poço de sorrisos infindo

Sigo em frente

Sempre ouvi repetirem tal ditado:

"O que os olhos não veem, o coração não sente"

Porém, solidão nunca foi um ser fisicamente presente.

 

Se criou um estigma dentro de mim

Estigma esse que inibe minha capacidade de ter relações

Aparenta não ter um fim

Como se, com uma corrente, selasse minhas migalhas de emoções

Com alarde, observo os jardins

Percebo o quanto a solidão é perniciosa

E isso arde, meu peito arde

Ocorreu pelo desdenhoso fato de eu ter perdido minha joia valiosa.

 

Já é tarde para recuperar os momentos perdidos? 

Sem um ideal na vida... Qual o sentido?

De qualquer forma, diante destas rosas, se inicia meu interlúdio infindo.

  • Autor: wernerjpl (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de março de 2025 06:20
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 6


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