O quanto é profunda a alma?
Será imensa e escura como o fundo do oceano, onde a luz não, há alcança, e nem à, ilumina. Será silenciosa como o vácuo e sozinha como as estrelas do céu.
Será quente como o sol, frio como o gelo, tranquilizante como o cair da água, da chuva, no pasto verde.
(1°V|Erick)
Qual a profundeza da alma?
Será imensa e incorruptível, como as correntezas das águas.
O quão profundo pode ir a solidão, dentro de um nódulo ao qual, não se tem vestígios da existência ou veemência de sua vislumbre e nítida presença? Será ela real? Ora persistente em cogitar sempre a angústia? Será mesmo vazia ou é apenas vácuo?
Uma Linha obscurecida pela ausência da Luz.
E qual seria essa Luz?
De onde vêm? E como poderia distinguir Luz, se ela habita apenas em imensa escuridão?
O que poderia dizer-me novamente:
O quanto é profunda a alma? E como ela sabe se haverá luz, se viveu apenas em escuridão?
A alma é um abismo contínuo, um oceano que esconde mistérios, onde a luz da razão se perde em sua zona crepuscular.
Na alma se guarda segredos que nem mesmo a luz mais forte pode revelar.
É como uma bússola desmagnetizada, de emoções, pensamentos e memórias, onde o tempo é inexistente e a realidade uma simulação que se curva ao existencialismo.
Ela pode vibrar e queimar como o sol, ou fria como gelo que paralisa a existência. Pode ser a voz que evoca do vácuo, onde a solidão ecoa, ou a melodia do cair da chuva, que acalma a alma.
A alma mergulha na profunda solidão, a fim de encontrar a si mesma. Caindo em um abismo de angústia, obscurecendo a alma, tornando a dor insuportável. Sua busca é eterna, uma jornada sem fim, à procura da luz que a iluminará.
A luz há de vir de dentro, refletindo nos pequenos detalhes da vida, num sorriso, no amor, em cada palavra ou gesto. Ela a encontrará, se afogando na escuridão da alma, enfrentando os medos e incertezas, à procura da verdade que reside no mais profundo ser.
A alma é ingênua, um mistério que não se revela, um enigma que não se é capaz de desvendar. E a cada instante ela se revela mais profunda, mais misteriosa, mais bela.
Stefany De'Morais/Erick
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Autor:
Stefany De\'Morais (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 17 de março de 2025 20:41
- Comentário do autor sobre o poema: A mensagem central do poema é a busca incessante da alma por autoconhecimento e luz interior, mesmo em meio à escuridão e à angústia.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
Comentários1
SERGIO NEVES - ...para nós, simples mortais, é praticamente impossível mensurar a "profundidade" da alma -e isso -podes acreditar- nunca estará ao nosso alcance...,...mas, a profundidade dos sentimentos que há em uma poesia, dá, sim, pra entendermos,...e essa tua tá profundamente inspirada, na medida em que, com palavras pra lá de concernentes e bonitamente versadas, consegue nos trazer reflexões mil...,...foste fundo na concepção desse teu escrito... /// Meu carinho, menina.
Muito Obrigado! Fico imensamente feliz, que tenha gostado. Abraços..
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