Permeia entre mistério e sonho
Frescor que apenas suponho
Miragem que sedento persigo
Amor que me faz um mendigo
Pomo que Tântalo* ludibria
Sopro quente que café esfria
Rosto alvo segredos não revela
Só brilho e o olhar da estrela bela
Mesmo a vida não sendo tristeza
De que me adianta a Lua reter
Parecendo cada vez mais insossa
Se me inquieta e excita a certeza
Tanto quero o amor que posso ter
Quanto quero amor que ter não possa
* Mitologia grega: Tântalo foi condenado a ficar pendurado numa árvore cheia de frutos e com água pelo pescoço. Os frutos fugiam cada vez que ele tentava comê-los e a água baixava sempre que ele tentava beber.
Alexandre H C Mendes
-
Autor:
Alexandre Heitor Carlini Mendes (
Offline)
- Publicado: 16 de março de 2025 17:52
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.