Tentou pintar-se de vítima,
como quem enredou a si mesma em teias de dor,
usando as palavras como cordas,
prontas para puxar, para fazer ceder.
Mas o que é o vitimismo senão um teatro vazio?
Onde a plateia já não se impressiona
e o enredo cansa, se desfazendo
nas mãos de quem não se deixa mais enganar.
Te falei o que era necessário,
com a mesma leveza que o vento corta,
sem me perder no enredo, sem cair no jogo.
Porque, no fim, é a tua manipulação que morre
quando não encontra eco em quem se conhece.
Eu sigo em paz, sem mais palavras,
sem mais tentativas de salvar o que não se pode.
E você, agora, ficará com seu palco vazio,
sem público, sem roteiro, sem aplausos.
-
Autor:
Metamorfose (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 13 de março de 2025 20:05
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
Offline)
Comentários1
Verdade! E fim de ato! Depois,tudo passa. E teremos novas peças no mesmo teatro!
Exatamente! Fim de ato, cortinas fechadas. E que as próximas peças sejam mais leves e verdadeiras. Obrigada por suas palavras, tudo passa, e sempre há espaço para novos começos no mesmo teatro da vida!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.