Constelações

Nossos corpos, são universos

Tão pequenos e insignificantes...

Tão grandes e detalhados.

Com as pontas dos dedos, 

Você brinca de ligar os pontos 

Em minhas pintas, tantas pintas...

Uma constelação.

Cada estrelinha, uma história.

Um passado distante de seus beijos, 

Um segredo inocente e gracioso.

Sua boca passeia entre minha pele, 

Procurando por mais estrelas perdidas

Nesse grande céu estrelado 

Que me torno, ao seu toque.

Enquanto nossos corpos 

Se tornam um só universo,

Morro numa espetacular explosão,

Em meio a uma supernova 

Que nasce de dentro de meu peito

E transborda entre nossas peles e segredos. 

Vênus.10, março, 2025.