A Traição dos Neurotransmissores
(Por Sandro MS Lino)
Eu, abraçado ao travesseiro, fui traído pela minha mente;
Teleportou-me! Não para um lugar, mas para uma experiência:
Minhas sinapses criaram um sorriso, quase infantil,
Um sorriso cheio de vida, que pede algo,
Sorriso com rima e prosa, com começo, meio e fim.
Você, como meu travesseiro, está tão perto,
Sinto sua pele, seu pulso, seu cheiro,
Seus braços envolvendo meu corpo,
Sussurrando em silêncio: _ "Me abrace".
Nesse momento, já não sabia onde estava.
Só o veneno de sua presença era luz,
Tomou meus sentidos; entorpecido,
O mundo já não era cinza,
Mas um caleidoscópio de cores,
Incluindo a cor brilhante da sua pureza sensual.
Ah, sinapses! Onde eu estive? O que é real?
Como puderam me enganar assim?
A resposta, eu sei, mas preciso perguntar:
Você estava lá?
Ou será que fui eu quem te inventou,
Moldando seu toque com a argila do desejo,
E pintando seus olhos com o brilho da saudade?
Talvez a traição seja minha, não dos neurotransmissores.
Talvez o sonho seja tudo o que restou de nós.
Comentários1
Lindo poema!!! Aplausos de pé!!!
Obrigado mesmo, fico lisonjeado
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