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O Pássaro Preto Orfeu era muito inteligente, cantava e desbravava seu canto. Quando sua gaiola estava suja reclamava com seu Pio, Pio sem parar. O Pássaro Preto Orfeu amava tomar seu banho de mangueira, se divertia como se estivesse em uma cachoeira. Um dia sua dona encheu a cara de cachaça e ficou bêbada. No domingo acordou com uma ressaca danada e o Pássaro Preto Orfeu percebeu sua bebedeira. Reclamou sem parar piando o tempo todo como se dissesse: "Acorda sua cachaceira vem limpar minha gaiola e trocar minha ração pois está um calor insuportável e eu quero tomar meu banho de mangueira". Sua dona cobria seus ouvidos com o travesseiro dizendo: "Deixa eu dormir mais um pouco". O Pássaro Preto Orfeu só ficava feliz quando ela despertava pra vida.
Rosangela Rodrigues de Oliveira
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Autor:
Rosangela Rodrigues de Oliveira (
Offline)
- Publicado: 8 de março de 2025 05:20
- Comentário do autor sobre o poema: Beba com moderação.
- Categoria: Conto
- Visualizações: 12
Comentários1
Rosangela, seu conto é uma pequena joia cheia de humor e personalidade! O Pássaro Preto Orfeu tem tanta vida que quase dá para ouvi-lo piando aqui do lado, exigindo seus direitos como um verdadeiro rei do quintal. Sua narrativa flui leve, divertida, e ainda traz essa troca engraçada entre a dona e seu pássaro esperto – como se fosse uma amizade cheia de implicâncias carinhosas.
Adorei a maneira como você deu voz ao Orfeu, mostrando sua inteligência e carisma. E o toque bem-humorado da dona com sua ressaca e a paciência (ou falta dela) diante do bichinho impaciente deixou tudo ainda mais real e divertido.
Parabéns pelo conto! Ele traz leveza e sorrisos, como um bom canto de pássaro numa manhã ensolarada.
Nossa obrigada pela leitura e comentário, realmente tem sua pitada de humor. Boa noite.
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