Eu sei
Não sou o protagonista
Não importa se a vida é minha
A história não é
E nem serei lembrado
Não importa quantas coisas eu fizer
E eu clamo, todas as noites
Em todos os meus suspiros
Ao ser que escuta meus pensamentos
Que me deixe ser feliz
Deixe-me alcançar o meu desejo
De ser alguém reconhecido
Deixe que eu crie marcos
Marcados para sempre no infinito
Pois estou me afogando
Em meio às águas salgadas que inundaram meu quarto
Desejando continuamente pela glória
Por pelo menos uma vitória
Que eu possa chamar de minha
Mas eu sei, eu sempre soube
Que não há espaço reservado
Para um troféu com meu nome
Pois não sou nada além de alguém
Esquecível e derrotado
Que em todas as madrugadas que passou acordado
Havia uma pergunta que sempre retornava
“Será que eu mereço alcançar a glória?”
“Ou será que Ele não me julga digno
De ser algo além de uma pessoa falha?”
Tantas perguntas sem respostas
Atormentando minhas horas
Perguntas que, talvez, até soem idiotas
Mas que alimentam minha paranoia
Em quem confio mais que meu instinto
Ainda sim, continuo insistindo
Lutando, contra meu próprio etilismo
Será que eu mereço mesmo?
Nunca sair desse fundo de tela
Onde me encontro já há tanto tempo
-
Autor:
avitoriadantas (
Offline)
- Publicado: 5 de março de 2025 12:59
- Comentário do autor sobre o poema: ETILISMO: Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana, o etilismo é um sinônimo para transtornos por uso do álcool, ou seja, a incapacidade de controlar a ingestão de álcool devido a dependência física e emocional.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.