Aquela estrela solitária me fitava;
Seus olhos negros imploravam por amor,
E, no silêncio, se odiavam sem torpor,
Sofrendo a dor que, sem pena, a castigava.
Seu corpo emanava um frio abrasador,
Daqueles que endurecem rocha ao tempo.
Sua voz, vaga, era um eco no vento,
A qual insistia em ocultar o seu fulgor.
Ah… Minha estrela, como eu te desejo.
Queria tocar tua superfície, sentir-te em mim,
Proferir por fim: "Liberta-te, brilha sem pejo."
Deixe-me ouvir o estremecer de teu coração.
Não partas enquanto estou aqui, ao teu lado.
Fica, pois o que sinto por ti não morre em simples paixão.
Do teu céu nublado ao meu véu cristalizado,
Com amor, para a minha única e eterna estrela amada,
Aquela sem luz, mas tão bela quanto a crisandalia.
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Autor:
victoremmanuel (
Offline)
- Publicado: 4 de março de 2025 01:00
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
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