Às vezes, sinto que sou só vento,
soprando em ruas onde ninguém escuta,
onde meus versos caem no tempo
e se perdem na noite impura.
Busco um olhar que me leia sem pressa,
que entenda os silêncios que trago no peito,
mas o mundo corre e me atravessa,
e o amor parece sempre um conceito.
Será que existe alguém que enxergue
as entrelinhas do que sou?
Que veja beleza na minha entrega
e saiba dançar onde a vida parou?
Mas o amor, esse viajante sem rumo,
chega quando menos espero,
em um toque simples, um gesto mudo,
no brilho de um olhar sincero.
Então sigo, sem pressa, sem medo,
porque sei que, em algum momento,
alguém virá e, sem dizer uma palavra,
será meu lar no movimento do vento.
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Autor:
Metamorfose (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 3 de março de 2025 22:33
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
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