Em português diz-se "eu odeio-te"
Em inglês diz-se "I hate you"
Em Japonês diz-se "?????"
Mas em poesia, eu digo
"Que puras já foram,
As emoções que eu sentia por ti.
Que lindos já foram,
Os sentimentos que eu nutria por ti.
Que tantos versos te dediquei,
Evitando pontos finais,
Para não agoirar por termo
Aos nós que já fomos
E fazia meu coração bater.
Pois jamais voltará,
Esses modos de pulsar o meu sangue.
Já frágil era o meu coração
E nem te deste ao trabalho de o partir,
Apenas machucar e jogar fora,
Como lixo não reciclável.
Esse pedaço de lixo,
Nunca foi reciclável mesmo.
E hoje já nem bate, nem pulsa.
Hoje o meu coração arde
E corrói-se a si mesmo, por dentro.
Ele queima de desgosto e rancor,
Ele contorce-se de agonia e raiva,
Ele expande e grita,
Grita e expande,
E expande
E grita!
Grita teu nome, primeiro e apelidos,
Do fundo do poço que o jogaste,
Á espera de rever,
A Medusa que o fez perecer."
Em poesia eu não digo que te odeio,
Por que, sendo sincero,
Odeio-me só a mim.
E o tanto que o meu coração grita,
É o desespero para sentir alívio...
-
Autor:
Mike Miller (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 3 de março de 2025 21:42
- Comentário do autor sobre o poema: Versos de meia noite. Versos de um adolescente (18 anos conta?) angustiado sabe lá ele porquê. Perdido e arrependido de erros que não cometeu e decisões que não eram dele. Acho que devia escrever um livro...
- Categoria: Triste
- Visualizações: 2
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.