Amor eterno, vida passageira

louisest

Me perdi nos devaneios

Onde você estava vivo

Quando seu corpo era quente

E seu sorriso genuíno




Agora não tenho mais nada

Nem casa, carro ou coração

Estou perdida nessa vida

Sem os beijos da minha paixão

 

 

Eu olho a brecha da janela

Espiando o povo andar

Entre calçadas e estradas

Onde será que sua alma está

 

 

O silêncio da sala grita alto

Chama seu nome sem parar

Não fico feliz nem um segundo

Só enxergo seu rosto pelo ar

 

 

Amor meu, prometa a mim

Que um dia você voltará

Pois depois daquela despedida

Só penso agora em chorar

 

 

Deixou tuas carícias marcadas

Com tinta de sangue em meu coração

Ferida doída essa que não sara

Arrancando memórias sem compaixão

  • Autor: aiyra st (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de março de 2025 21:43
  • Comentário do autor sobre o poema: Fiz esse poema no meio da semana passada em um momento difícil, onde estava passando por um processo de luto de um conhecido que perdeu para a depressão na terça passada… Sobre os relatos que tive de pessoas mais próximas sobre quem que ele foi em vida, me comoveram as injustiças que passou e que contribuíram para cometer tal ato. O caso dele ficou dias martelando minha cabeça, ao ponto de me fazer sofrer de paranóias e problemas diários (ele tinha 15 anos…). Como uma forma de não guardar nada e ficar remoendo dores alheias, eu achei melhor escrever um poema sobre, também pra ajudar no meu processo de luto. Eu resolvi escrever um poema interpretando o sentimento de dor de uma pessoa que perdeu o amado. Considerando também o fato de que no mesmo dia do ocorrido, horas antes a namorada dele estava com ele, isso me deixou muito comovida. Por isso a ideia de escrever interpretando a perspectiva dela… Não foi algo na intenção de ter uma avaliação ou sei lá, foi algo mais pessoal. Enfim, continuo dando apoio aos amigos dele e espero com todo meu coração que a sua alma esteja descansando em paz…
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 6


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