Ouço suas palavras embaraçadas
Tal qual meus cabelos cacheados.
Vejo sua aura negra,
Escura como meus olhos castanhos.
Percebo sua baixa resistência á pressão,
Tão baixa quanto eu com meus 1,55...
Mas reparo isso tudo,
Num esboço surrealista.
Uma obra de surrealismo
Que eu poderia colocar num quadro.
Eu, com meus cabelos revoltos,
Minha pele pôr do sol,
Olhos escuros como um furacão,
Imagem de uma pessoa que não passa despercebida em um grupo de desconhecidos,
Sempre causando curiosidade, interesse...
Uma bruxa, com uma vibe meio cigana sexy, um toque vintage, talvez rock'n roll.
Com minha cabeça tão clara e tranquila,
Tal qual seus cabelos loiros, lisos, impecáveis, sem um fio fora do lugar.
Minhas palavras sempre suaves e gentis,
Como seus dóceis olhos verdes por trás do óculos quadrado.
Meu senso de humor sempre em alta,
Tão alto quanto seus 1,71.
Sua pele num tom que fica entre o branco e o rosa bebê,
Seu estilo patricinha nerd feminista, que tenta se convencer de sua própria rebeldia.
Seu jeito histérico e imaturo que não casa com seu visual super comportado, confortável, cristão.
Uma fada moderna, com curvas,
Calça jeans, tênis e blusas em cores primaveras.
Uma verdadeira princesinha mimada e surrealista, que não faz ideia dos problemas do mundo,
Mas tenta governar seu legado de rainha das fadas sensatas, sem ter muita noção do significado da palavra sensatez...
Surrealismo, isso define nossa "amizade".
A bruxa do bem e a fada do mal.
A artista plástica tranquilona...
E a psicóloga agitada.
A equilibrada e a doida.
Sue.1, março, 2025.
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Autor:
Venus (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 1 de março de 2025 00:17
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Flavio Eduardo Palhari
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