De dentro, sentado fora do muro, iluminando com foco "prismal" o "Parkinson viral",
Alucinando – A Última "De-evolução" – antes do fim.
Nas mãos, uma porção dupla de curiosidade pela desgraceira, tão comum ao contaminado.
E ao meu lado, você. Com outro você, que se enfileiram outros vocês, aglomerados nas dependências do Centro das Convenções "Mesmicas".
No palco: cores, formas, pássaros, automotores, praias... Sequenciamos aplausos, sorrisos, emoções, prazeres, gemidos, sussurros, mais praias, mais águas, mais sorrisos, mais sussurros, aplausos, dor, morte, pássaros...
Também há uma dose diária, maior do que se possa aguentar, de esforço para outrem
superar os milhões.
De plateia, passei a atuante. Põe música na caixa, pois a degeneração começou. UOU!!
...Praia, dores, sorrisos plásticos, choros...
É a sequência dos degenerados, e já faz quarenta anos.
Subi no muro e me arrastei pelas sequências disponíveis para meu nível de demência e dormência.
_ OLHA PARA MIM!! NADA FAZ SENTIDO! E ESTÁ TUDO BEM?
Gritei de cima do muro que dividia a cidade dos infectados. No lado oposto, uma vasta escuridão se perdia na minha débil percepção.
Desesperadamente, e insanamente, me joguei... Como quando entregamos nosso amor a qualquer um, me joguei.
Plainei anos-luz extasiado pela fumaça branca. E diante da Estátua-Trono, uma montanha, uma pedra que divide as águas.
Escalei!
Me sentei ao lado do copo com a água única.
Bebi. Fechei os olhos e uma luz se acendeu... E eu vi.
Por Sandro MS Lino
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Autor:
SM Lino (
Offline)
- Publicado: 25 de fevereiro de 2025 10:29
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 2
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