Ramiro vira Homem

Ramiro era um garoto arrogante sempre achando que tudo o que fazia ou tinha era melhor do que dos outros.

Exibia tênis de marcas caríssimas, celular e tudo o que pudesse mostrar para validar que era superior aos demais.

Por ser um garoto feio, orelhudo e com cara de rato, as meninas não lhe davam muita atenção e isso o frustrava muito.

Tinha alguns amigos que o aturavam por ele ser primo de um outro garoto que era mais humilde o qual todos gostavam.

Crescemos juntos e aprendemos a conviver uns com os outros.

Eu por ser o mais maduro entre todos, acabei sendo uma espécie de conselheiro de Ramiro, e em tudo que ele tinha dúvidas de como agir, ele me questionava.

Quando Ramiro tinha 16 anos resolveu que queria perder sua virgindade a qualquer custo.

Começou a investir atenção a uma menina da nossa rua que chamava-se Isabeli.

Isabeli embora com pouca idade, já era uma menina vivida sexualmente, e todos a conheciam no bairro. Um fato sobre ela, é que a garota tinha um grande apetite sexual, mas sempre acreditei que era mais como uma forma de rebeldia visto que seus pais eram muito conservadores. Como eles não conseguiam controla-la, acabaram abandonando e deixando que ela fizesse o que bem entendesse, mas sempre percebíamos que eles tinham vergonha de Isabeli.

Não era uma moça feia, pelo contrário, cabelos cacheados pretos, rosto assimétrico e com curvas tentadoras e pele cor de bronze, além de tudo, possuía olhos cor de mel que quando olhava contra o sol, ficava ainda mais cor de mel claro.

Em um tarde quente de verão, Ramiro veio ao meu portão para informar que enfim iria perder a virgindade. Confessou-me que seria com Isabeli e que já estava tudo combinado. Iriam até o morro em um local isolado, e lá seria consumada a transformação de Ramiro em homem.

Disse-lhe que para prepara-se, pois caso algo não fosse do agrado da Isabeli, ela contaria a todos fazendo-o passar vergonha diante dos seus amigos.

Ramiro com toda sua convicção disse que não teria problemas, que ele fazia e acontecia, que ele era o cara e embora ainda não tivesse tido a oportunidade de estar com uma mulher, sabia exatamente o que fazer.

Questionei se havia se masturbado antes “pelo menos duas horas antes”, para evitar que a transa durasse pouco, e ele disse que não precisava disso.

Desejei-lhe boa sorte e ele saiu em direção ao encontro.

Algumas horas depois, Ramiro volta a gritar em meu portão chamando meu nome.

Cheguei curioso e torcendo para que o garoto desse as boas notícias.

Quando o questionei ele respondeu:

Cara... ratiei. Estava tudo perfeito, debrucei-a na rocha e introduzi nela sem dificuldade.

-E ai? Perguntei querendo saber o resto já prevendo que coisa boa não viria.

Ramiro olha para o chão e diz: Estava tudo indo bem, mas na quarta estocada que eu dei, ela virou o rosto de lado e pediu com mais força! Neste momento me acabei.

-Nossa! Que rápido! Deu um tempo e foi de novo, isso? Perguntei já preocupado com ele.

Disse-me que tentou mas não conseguiu pois havia ficado nervoso com tudo que ocorrera, e que ela havia pedido para que ele a levasse para casa.

Falei:- Cara, espero que ela não fale nada a respeito deste teu desempenho para ninguém.

Ele disse que havia conversado muito com ela sobre isso no caminho de volta, e que ela prometera que não mencionaria uma palavra.

Nos despedimos e ele foi para casa.

No outro dia por volta das 11hs da manhã, fui no armazém da esquina comprar um refrigerante para o almoço quando um dos nossos amigos chamou-me muito alegre.

Caraaaa!!Sabe qual o novo apelido do Ramiro? Disse ele já dando gargalhadas.

Eu já percebendo que coisa boa não era, falei: - Putz...qual é?

Ele aos prantos de tanto rir: “Quase nada!”

Rimos como nunca pois era óbvio que Isabeli já havia espalhado a pouca façanha do guri.

Despois disso, Ramiro nunca mais ostentou ser melhor do que seus amigos.

Tornou-se homem fisicamente e o mais importante...emocionalmente também.

Arhtur Mello Noos