Construção dos Finais...

Em cada linha, a busca incessante,
Desfiando os destinos em tramas de veludo, Pintando o instante com a cor vibrante
De sonhos que se erguem do etéreo, desnudo.
Em cada estrofe, a memória reticente,
Revira-se na bruma de antigas jornadas,
Recolhendo as sombras em silêncio latente,
Onde o fim é moldado por mãos caladas.
E na construção dos finais, o eco se propaga,
Dos murmúrios eclodidos no vasto abismo,
Tecendo versos que a esperança embriaga,
Desafiando a razão, reverenciando o abismo.
Mas quem dirá que o fim é apenas o término,
Se o início se esconde em cada despedida?
Eis o enigma, o ciclo eterno,
Que abre portas onde havia saída.