Eu caminho sozinho na beira do caminho
Distraído, em pensamentos me definho
Fugindo do passado, com medo do futuro
E evitando o presente, de sentimentos ausente
Será possível cansar-se de estar cansado?
Com o poço de lágrimas seco, estou fadado
A ser fardado com a dor do peso e o peso das dores
Por Deus, não consigo me lembrar, se o mundo já teve cores
Caminho sozinho na beira do caminho porque
No meio do caminho havia um nada, havia um nada
No meio do caminho, havia no meio do caminho um
Nada que me importasse, uma pedra que me esmagasse
Não pode ser tão ruim assim, pare de choramingar
Se quiser, podemos eu e você de vidas trocar
Aceitei na hora, agora finalmente feliz estou
Espere, mas e o outro? Não suportou e se matou
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Autor:
Elestren Liadon (
Offline)
- Publicado: 22 de fevereiro de 2025 01:30
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
Comentários1
Lembra um pouco Boulevard of broken dreams, e as repetições aludem ao Drummond de Andrade. Essa reflexão é mesmo uma pedrada! Cuide-se.
Abraços.
Adorei o comentário! A referência a Drummond foi proposital, mas não tinha percebido a relação com a música do Green Day, que sou muito fã, por sinal. Acabou de deixar meu poema melhor, obrigad@!
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