Oficina fechada

Luiza Castro

Queria me encontrar,
mas estou tão perdida.
No inferno da minha cabeça,
perco quase todos os dias.

Nessa oficina tão vazia,
nem o diabo quer entrar.
Em uma tristeza que oscila,
para alegrias tão raras.

Não sei o que fiz com minha vida.
Acho que morri na pandemia.
Então sigo existindo em um limbo,
onde tudo se repete: de tristezas intensas
a alegrias efêmeras.

Será que estou morta?
Talvez só por dentro.

 

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