os plagiadores erguiam seus tronos
uma legião de bocoiós usurpadores
ultrajando a mais nobre e bela arte
impelidos por tamanha indignação
calaram-se, desfalecidos, os poetas
e um tão triste silêncio se estendeu
feito uma doença epidêmica global
infectando todo o acervo de versos
que se apagaram da face da Terra
e ao dissabor dos que só imitavam
uniu-se a secura amarga dos verbos
palavras empobrecidas de sentidos
já não se via um manto de estrelas
no alto, só a crua definição da Lua
e aqui, na ênfase do velho aplauso
sem inspiração, pois não lhes cabia
publicavam ‘eloquentes’, os idiotas
receitinhas de bolos e sobras de si
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 18/02/25 --
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Autor:
Antonio Luiz (
Offline)
- Publicado: 18 de fevereiro de 2025 14:31
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Antonio Luiz, Vilmar Donizetti Pereira
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