NAVEGANTE
Navegante oh navegante
que atravessa os mares em dias de ventos bravios
que ostenta em seu peito o coração do porto
deixou para trás seu amor
o chão
que nele havia a sua razão
partiu para o distante
homem de cordas e mastros
que só ouve o som das ondas
em seu bolso uma foto, um conforto
no palitó um relógio que não mede o tempo
pois mais que os ponteiros passem
no mar o tempo parou
o sol parece ter tomado o céu para si
na labuta do marujo incansável
que tira do mar o seu sustento
ele olha os outros tantos como ele
mas, se sente só
a solidão vem da alma
a embarcação balança
com o requebrar do mar
queria ter o homem uma âncora ao mar e uma em sua alma
em sua solidão conjunta ele murmura
que falta a terra lhe faz
o marujo, homem duro e destemido
parece incompreensível aos olhos outros
somente o homem que definha em sua saudade de casa
as gaivotas diriam
não te apoquentes homem
não és do mar
cedo ou tarde
regressarás ao vosso lar
oh navegante
teu corpo está no mar
mas teu coração está no porto
POSEIDON
Avança como que força indomável
tuas velas te guiam
teu calado é firme
os mastros estão com velas armadas
avante senhor dos mares
nau firme que de carvalho fora moldada
batizada no mar aberto
cortando a água como cavalo selvagem a avançar entre o vento
força e beleza
vigor do que é por batismo igual ao pai das ondas
senhor do mar profundo
rei absoluto das águas
em ti depositam confiança os marinheiros
serventes do convés, invasores de mares aos quais não se adestra
em frente grande nau
rumo a costa vai
pois a ti o mar pertence
sobre tua madeira
um homem que espera
pelo fim de tua jornada
para casa regressar
CARTAS ROMANI
O homem que aporta no cais segue seu destino
busca retornar para sua casa
diante da rua ao atravessar
deparasse com uma filha do povo da noite
filhos do mistério
que mostra seu destino
o Enforcado para cima
ele tinha pendências para resolver
mas também lhe tirou o Sol
que lhe revelava a luz no seu caminho
o homem cansado buscava voltar para casa
e atentava-se a sua irmã de povo
seus olhos atentos a emissária
do destino
a sua frente as cartas falavam sobre a mesa
o homem que trazia consigo dias de esforço
teve paz ao ver aquela singela irmã
que lhe trazia conforto
seu coração encheu-se de paz
movido pela roda do destino
e ela lhe mostrou a carta do Mago
que revelava os mistérios da vida
o Mago
senhor sábio e senhor de respostas
trouxe-lhe consolo
o homem partiu
e a nobre irmã tirou o Cavaleiro e o Rei
e viu triunfo e coragem
o homem mais uma vez voltava do mar
conquistava mais uma vez o direito
de regressar para casa
para sua família
a nobre irmã
partiu pela larga rua e desapareceu
o homem olhou para trás e disse adeus
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Autor:
kleisson (
Offline)
- Publicado: 15 de fevereiro de 2025 09:51
- Categoria: Carta
- Visualizações: 2
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