Como é possível?
Guardar em seu coração
Uma fria e pavorosa ingratidão?
Ainda assim, minha paixão por ti é visível, incontestável.
Quando precisou de mim, encontrou amorosidade.
Então, deve haver explicação que me traga calma,
Que justifique por que me tratas com tamanha ambiguidade.
Pelas noites, ainda te procuro,
Embora eu saiba que já não sou teu porto seguro.
Durante todo esse tempo, sentiu algo por mim?
Ou apenas me usou para na tua angústia encontrar um fim?
De ti devo desistir,
Pois me dói na alma nesse amor unilateral insistir.
Que doa, então. Não haverá um porém.
É claro, te amo não à toa.
Que não me seja correspondido o amor,
Pois isso a mim não é dor.
Posso esse fardo facilmente carregar,
Enquanto houver lágrimas para chorar.
Não me importo em por ti insistir,
Pois tu és o que de tudo espero que me aguarde no porvir.
Medo? Não há neste enredo.
Luto por um amor que não me é confesso,
Que sequer é real...
Mas ainda assim, insisto em lutar por tal.
Dessa amorosa história,
Não canto vitória.
Minha batalha só garante que, no final,
Haja um casório, não um funeral.
Espero não morrer de amor,
Mas se preciso for,
Que seja sem contestar,
E que no fim, pesar algum venha a restar.
Por ora, teu amor não tenho,
Mas, com carinho, venho afirmar:
Essa forma de amar,
No fim, irei com amor conquistar.
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Autor:
Igor Smyk de Lima (
Offline)
- Publicado: 14 de fevereiro de 2025 22:49
- Categoria: Amor
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