talvez eu apenas nunca saiba até viver

eri

eu não quero ver-te em outro calor 

em outro peito nu, sentindo o meu coração

não quero ver-te sentindo amor

em alguém q não seja eu, eu te faço não 

 

teu lábio colado ao meu, tua alma atrelada

és um poema que eu começo e prologo o fim

as vezes eu te vejo e sinto menos machucada

vem ser meu, eu te faço sim

 

eu te faço a fumaça de meu cigarro mais forte 

o bater de asas de uma ave recém liberta

eu te faço ideia, paixão, razão, sorte

ou o que quiseres, a ti sou toda aberta

 

o fim pode ser hoje ou amanhã

eu não sou sinônimo de perfeição

mas eu te aqueceria com meu único cardigã

e quando veres que quer ir, eu te faço não 

 

meus anseios, meus terremotos, trovões

também sou tudo que eu já desavim

eu posso acabar e recomeçar suas nações

mas se não quiseres ficar, eu te faço sim

 

eu te faço de tudo que já anseei ter 

ou que já fiz, que já assumi, que já menti

eu sou o que me fizeres ser

nunca faria sentir o que eu já senti

 

e talvez isso vá acabar comigo

talvez eu tambem acabe contigo

talvez eu apenas nunca saiba até viver

  • Autor: eri (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de fevereiro de 2025 05:11
  • Comentário do autor sobre o poema: sobre gostar tanto de alguém novo, mas saber o quão será desgastante o fim
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 7


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