A noite despeja seu manto frio,
e a lua, pálida viúva,
espreita meu rosto através do vidro,
refletindo lágrimas que não se extinguem.
As estrelas, cínicos pontilhados,
lembram-me de tudo que não tens:
cada uma, um eco de promessas
feitas ao vento, nunca ao chão.
Teu nome era um verso nos meus lábios,
agora sussurra-se na sombra
onde a luz das constelações se apaga,
engolida pelo vazio que carregas.
A madrugada aproxima-se, traiçoeira,
e até a lua se esconde, envergonhada.
Restam-me só os astros mudos—
testemunhas de um amor que era poeira.
Doem-me as estrelas que ainda brilham,
pois sei que em algum lugar distante,
elas também choram a tua partida
sobre um céu que jamais será constante.
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Autor:
O Art (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 10 de fevereiro de 2025 01:47
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
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