Não viram
Não sabem
contam coisas
que um dia uma pessoa foi colocada em um lugar escuro
no frio do calabouço ardiam suas feridas como que cortadas por ferro em brasa
um homem de joelhos em silêncio
calado pelo mundo
culpado de crime alheio
sem advogado, sem defesa
acorrentado no covil da autoridade impiedosa
calou-se o mais dentre os mais inocentes
ninguém o viu
e dizem entender suas dores
dentre cruzes e espadas
e gritos de louvado seja seu nome
mas ninguém o socorreu
o blasfemo rei dos judeus
odiado
desprezado
mas quem lembrou que era?
o mais dentre os mais dos inocentes
aguardava para morrer
cordeiro de DEUS que te conduzem a cruz
morrerás pelo pecado de todos
tem sede?
não te darão água
tem medo?
rirão de tua face
tem dor?
não será confortado
com quem fala?
parece ser com Elias
e rasgam tuas vestes
e sobre ela lançam sortes
pobre jovem rapaz dizem os mais velhos
morrendo sem defesa
sua cruz foi talhada na crueldade do mundo
mas por enquanto repousa no calabouço
em silêncio, em grilhões
calaram quem ensinava
morre em silêncio o mais dentre os mais inocentes
os soldados entram para levá-lo
ele se levanta e parte
o mais dentre o mais dos inocentes
veremos te outra vez ao raiar do dia
do domingo por vir
homem em correntes
domingo regressarás
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Autor:
kleisson (
Offline)
- Publicado: 10 de fevereiro de 2025 00:23
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
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