Em claro

valde_

Dias se arrastam, desde tua partida, Um nó na garganta, a alma dolorida. Amor sincero, em mim floresceu, Mesmo imperfeito, o meu melhor te deu.

A dor aperta, o peito sangra, Noites insones, a mente divaga. O apetite sumiu, a tristeza me invade, Lembranças em prantos, a dor não se evade.

Um ombro amigo, um abraço apertado, Eis o que eu buscava, meu anjo alado. Mas preferiste outros braços, outro calor, Deixando-me à deriva, sem teu amor.

Vivi a honestidade, sem vacilar, Fiel a ti, sem outra amar. Pois quando se ama, a ausência dói, E o vazio deixado, jamais se corrói.

Curar, dizias, a quem vinha até você? Irônico destino, quem diria, Que a cura que buscavas, em mim residia.

Entreguei-me inteiro, sem me guardar, E a troca cruel, fez-me questionar. Ter-me amado, a dúvida que me assombra, Em meu coração, a ferida que não se assopra.

Se um dia leres estas linhas, enfim, Saibas que o amor, em mim existiu.

09/02/2025

  • Autor: valde_ (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de fevereiro de 2025 21:03
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.