Chuvas em Marfins

Quantos dias irão passar,

Com essa dor, me machucando,

Ainda teima a falar,

Mesmo assim fico te olhando.

Seus olhos...

Ah! Seus olhos,

Me vejo à falar em vão,

Cantando àquela canção..

E mais um dia passa,

E aqui eu sem lhe ver,

Nas canções, do áudio, sem graça,

Não consigo me entreter.

Seu sorriso....

Ai!! Seu sorriso.

Preste a dizer pouco,

Estando alva em seu corpo.

Olho pra janela, e o luar...

Me traz sua face para encarar,

E paciente, consigo, esperar,

Para meus braços poder retornar.

Seus cabelos...

Hum!!! Seus cabelos...

Eles têm o cheiro da manhã,

Com agridoce gosto da maçã.

Se nas verdades da vida,

Não posso jamais esquecer.

Diga, o que fazer do meu dia,

Para saber o que querer...

Folhar suas mãos,

Marfinar suas mãos.

Deixá-las intactas ao tempo,

Gravadas aqui no pensamento.

Quantos dias irão passar,

E aqui eu sem lhe ver,

E paciente, consigo, esperar,

Para saber o que querer...

Porque, eu ainda estou aqui,

Aflito, tentando entender...

Planejar a felicidade e sentir,

Quando a chuva me traz à você.

Seus Lábios!!!...

Que bom, ter, seus lábios.

Encontrando-os sobre os lírios,

Que de ti, estavam esquecidos.