Jessé Ojuara

DAR O TROCO


Aviso de ausência de Jessé Ojuara
NO

 


Me desculpe meu Doutor,
não entendo sua razão.
Durante uma pandemia,
o povo sem medicação,
gastar tanto dinheiro,
para essa nova emissão.

Cedulas de 200 reais,
para mim não vai servir.
Não vejo onça a muito tempo.
Peixe cá não vai cair.
Então eu lhe pergunto,
pra quem a nota vai convir?

Os amigos e achegado?
Quem sabe palaciano?
Ou será que na real,
foi pedido de miliciano?
Com certeza não dos pobres.
Sem direitos humano.

Qual o bicho vai estampar?
O povo já deu sugestão.
A valente e querida ema,
é uma excelente opção.
Mas parece que a anta,
reflete bem à situação.

Tem quem prefira o gado.
Ai já acho uma maldade.
Todos podemos errar.
Uma sublime verdade.
Talvez a naja represente,
com mais fidelidade.

O BC escolheu o lobo,
um animal em extinção.
Uma trágica semelhança,
com nossa situação.
Pelo rumo das coisas,
muitos ainda chorarão.

O que é entesouramento?
Mania de rico guardar?
Doutor pobre não guarda.
Mal consegue se alimentar.
Mata um leão por dia,
na lida para se sustentar.

E o troco meu senhor.
Vai ter muita confusão.
Sem falar na maldita,
prática da falsificação.
O comércio vai sofrer,
com essa nova emissão.

Lavador de dinheiro,
vai ficar muito contente.
Para quem fabrica mala,
é muito inconveniente.
Gedel logo se irritou:
Porquê só agora gente?.

O mundo anda noutro rumo.
Reduz cédula grande.
Tudo vira digital.
A economia expande.
Aqui é tudo diferente.
Espera que desande.

A economia em fragalhos.
A saúde um caos total.
Quase 100.000 vidas,
perdidas nos hospital.
O nosso desemprego,
com indice descomunal.

Brincar de fazer dinheiro,
Parece um suicidio.
Beira as raias da estupidez.
Ou até mesmo genocídio.
A vida é o foco agora.
Senão é humanicidio.

 

  • Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 31 de Julho de 2020 09:51
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 14
  • Usuário favorito deste poema: Latte.

Comentários1

  • IF

    Simplesmente, incrível!
    Estaria aplaudindo, se não fosse de causar melancolia.



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