Morte

António Anacleto

quero morrer de morte morrida
não morte matada 
ou auto-infligida
luto assim nesta vida
pelo que amo
pelos que amo
para que a minha morte
quando acontecer
seja sentida
não quero caixão caro
nem despedida
quero partir em paz com o mundo
comigo mesmo
e no fundo
deixar os meus preparados 
para lutar cada segundo
pelo que merecem 
e serem felizes

  • Autor: António Anacleto (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de fevereiro de 2025 05:42
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 24
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Concordo contigo. Uma morte digna de ter bem vivido e ter deixado um rastro de luz.Brabos!

  • Lucas Guerreiro

    De fato, António, quando penso em morte, sempre penso nesses mesmos termos que usaste para inaugurar teu poema: quero morrer de morte morrida! Parabéns pela poesia e que não morras tão cedo para continuar nos presenteando com suas palavras,
    Abraços!



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