Eu tenho medo, mas a poesia me contempla. enquanto não vou, não faço, a poesia que habita em mim surge, ela me permite desfrutar daquilo que não provei. Ela me mantém alimentado enquanto o medo me paralisa
O medo diz não e a poesia se faz de desentendida. Ela não quer nem saber quem foi que inventou o tal do não. Ela vem, ela floresce em meio aos espinhos e de forma improvável enfeita o muro que o medo fez.
O medo me tranca mas a poesia sai pelas frestas. Ela não deixa o medo se sobrepor. Ela sabe o seu efeito curador e também sabe de sua importância, por isso, se faz presente.
A poesia em mim insiste mesmo quando eu sentei e desisti. Quando estou acuado num canto, ela vem em sua forma mais doce e reflexiva, e ai, me envolve.
A poesia me acolhe, me abraça e nem que seja por segundos me faz acreditar que tudo vai ficar bem. E apesar das turbulências, em algum momento sempre fica.
- Autor: Pedro Amadio ( Offline)
- Publicado: 2 de fevereiro de 2025 18:15
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 18
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