XHEAK ET EEN PARA O CORAÇÃO DE EEN

alexonrm



As asas de Draktar se erguiam imponentes,
Protegendo Evor de todo mal que restou.
Kolmonor, em pedaços, aos ventos distantes,
Os axsas em uníssono o pó espalhou.
Cinzas dispersas, por montes distantes,
Seladas nas terras que a magia cercou.

As crias de Kolmonor fugiam ao mar,
Os teufeos, criaturas de medo e dor.
Mas alguns insistiam em tentar lutar,
Subindo o monte, levando seu fervor.
Porém Draktar, com seu poder a brilhar,
Criou os dawanis, portadores de amor.

Os teufeos, de asas de morcego erguido,
Espinhos e escamas, terrores de além.
Sussurram às almas seu dom corrompido,
Mas os dawanis, com seu fogo também,
Resistem às trevas, num duelo erguido,
Luz e sombra em conflito, céu contra o bem.

O monte tremia sob a vasta batalha,
Evor em segredo, sob Draktar a dormir.
Rajadas rasgavam o ar como navalha,
Fendas surgiam, o mundo a ruir.
Ninguém sabia que a árvore se calha,
Enquanto a guerra fazia tudo partir.

Após a guerra, aos pés de Draktar chegaram,
Ghayazeo, Domin, e Dronstar em pranto.
Queriam Evor, seu brilho buscaram,
Mas o dragão revelava um triste encanto.
A árvore-mãe, onde esperavam, não acharam,
E a todos cobriu-se um silêncio santo.

Draktar chorava, mas em sua essência sentiu,
O pensamento de Evor a lhes guiar.
Yhla-Hikma, atenta, um poço descobriu,
De onde a presença de Evor a pulsar.
Yungul desceu, onde o vento o seguiu,
E nas profundezas, a luz veio a encontrar.

Evor, em sua morada, falou ao irmão,
Que o mundo abalado precisava de paz.
Kolmonor havia rompido a união,
E Evor-Een, sem ela, não mais se refaz.
A árvore se fez o coração em canção,
Protegendo tudo do caos e da voraz.

Os axsas concordaram, num pacto final,
Evor agora guiaria os destinos de Een.
Cavaram esferas num plano astral,
Com o poder dos galhos de Evor, enfim.
E o mundo dividiu-se em um plano real,
Onde os miyesos guardam o equilíbrio sem fim.

  • Autor: alexonrm (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de fevereiro de 2025 11:16
  • Categoria: Fábula
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.