não há vazio no lugar preenchido
fora vazio a alma do justo que em sua solidão
encontrou alívio em sua sensatez
fora abandonada pela razão dos outros
caiu em um vale de ventos uivantes
sua alma clamou pelo esclarecimento
trevas
alma que esqueceu a luz das chamas da razão
fora abandonada por seus valores
escuridão
no canto obscuro da razão do homem
desvalor
a consciência se desfez do homem sentado no topo do monte
ele não vê mais seu reflexo
cegou-se com suas ilusões
sobre a chama da fogueira
ele reflete sobre seu ser perdido na roda do tempo
afogou-se em ilusão
foi devorado por seu ego que o destruiu
era mestre de si mesmo
tolo tornou-se
destruiu seu lar
aniquilou seu reino
matou a esperança de outros
caiu sobre os próprios joelhos
as estrelas passam sobre sua cabeça
ele foi desprezado pelo mundo
não lhe deram nada
animal irracional tornou-se como
um retorno ao seu passado primordial
Nabucodonosor lhe desprezaria
pois acharia a si o único dos meros tolos
destino
perdeu seu rumo
sombras
não consegue vê seu rosto
morreu por dentro
observa a fagulha no último pedaço de madeira
a verdade é que ele vê no fogo
a persistência da misera fagulha a não se render ao vento
o vento forte parece ignorar a fagulha que luta para continuar a existir
o homem vê que pode ser como a chama resistente
não perdeu
só parou devido seus erros
ele se levanta e vai embora
volta para de onde ele um dia partiu
aprende que viver é resistir
seu passado fica para trás
atrás de si surge uma chama
aquela misera fagulha torna-se de novo fogo
pois fraco era o vento que não derrotou a fagulha
que renasceu como fogo eterno
- Autor: kleisson ( Offline)
- Publicado: 29 de janeiro de 2025 19:30
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
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