QUANDO DEI ABRIGO...

Quando dei abrigo em meu coração
A donzela que reina meu ser com tirania,
E não creias que nos versos mente a poesia,
Jamais na vida tive calma desde então.

Quando movido pelo desejo ardente da paixão
Me recordo tão vivamente que um dia
No brilho dos olhos que me amar parecia
Abatido me senti ao me dar conta da ilusão.

Mas hoje quando os olhares se cruzam de repente
Parecem carregar algum forte sentimento,
E por isso aqueles olhos vivo a procurar.

 
Agora sempre que os vejo brilhando tão somente
As vezes a emoção me tira a razão e o discernimento
E ainda penso que talvez ela esteja a me amar.