Fênix

Vênus



A mercê de sua vontade, 

Moldei-me.

Me permiti ser preenchida com vãs ilusões,

Me vi minguar diante de um espelho obscuro,

Tal qual sua alma sombria.

 

Por pouco, não desisti de viver…

Chorei rios que me afogaram,

Mares que me levaram. 

 

Deitada no chão repleto de cacos

De meu coração, agora, fragmentado

Clamei por um fio de esperança 

Onde não enxergava um palmo à minha frente.

 

Num beco sem saída, onde me vi ser feita de fantoche

Nas mãos de um homem que dizia me amar, 

Vi meu destino traçado na desgraça.

 

Quando se pede ajuda, com sinceridade,

Deus nos socorre.

Quando a escuridão persiste, um pequeno vislumbre de luz

Nos faz enxergar que a vida continua.

 

Sempre haverá tristezas, meu caro ex amor, 

Sempre terei um coração ferido e desconfiado,

Mas também haverá força, resiliência, capacidade

 

Não por que alguém está me levantando,

E sim por que, apesar de minha pele arder em chamas,

Eu sempre posso me reerguer das cinzas,

Apesar de minhas lágrimas ainda estarem molhando o chão. 

 

Vênus. 25, janeiro, 2025.

 

  • Autor: Venus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de janeiro de 2025 22:43
  • Comentário do autor sobre o poema: Tenho andado pensativa sobre minha história de vida, então resolvi escrever esse pequeno relato. Faz alguns anos que eu não escuto essa música de Conchita Wurst e eu nunca tinha visto a tradução, então quando eu fui pesquisar pra postar junto com esse texto, eu fiquei bem surpresa em ver como a letra combina perfeitamente com o texto. Enfim, é isso. Espero que gostem!
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 8


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.