Meu amor, que ainda é meu
Estou a horas deitada nessa cama
Sem respostas
Decorando as rachaduras do teto
E cada vez mais sinto meu corpo inteiro doer
Como se o mundo desabasse sobre mim
Me diga
Como podem falar sobre coração partido
Quando na verdade é alma que se rasga ao meio
Tenho pensado como o tempo foi cruel
Os momentos bonitos virarem uma lembrança
E tudo que temos agora são brigas e ofensas
Que miseravelmente foram se tornando maiores a cada abandono
Eu não sei viver sem seu amor
Não aguento mais
Eu queria ir embora em paz
Mas estou completamente morta por dentro
De angústia
Nada é mais triste do que ver aquilo que construimos ruir
Se desfazendo feito areia
Levada pelo vento
E por mais que tente não consigo segurar com mãos
Fazer parar
Não tem jeito
Toda essa areia volta direto aos meus pés
E me puxa para um buraco sem final
É assim que o amor acaba?
E que as pessoas se perdem?
Tenho medo de descobrir as respostas.
- Autor: Rosa Nael ( Offline)
- Publicado: 24 de janeiro de 2025 12:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
- Usuários favoritos deste poema: Flavio Eduardo Palhari
Comentários1
Pelo menos essa noite atroz insone, serviu como mote para um poema. Triste é verdade,mas todo amor quando morre é como fel: apaga todo o sabor de mel com que o amor ( quando era vivo) nos adoçou e vem a realidade: tudo sabe a fel! Isso vai passar também!
Obrigada pelas palavras.
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