O Compasso da Vida

Metamorfose


Aviso de ausência de Metamorfose
NO

O compasso da vida dança incerto,

Um ritmo que ecoa no peito deserto.

Dor, a batida que insiste em pulsar,

A melodia que o tempo não quer calar.

 

Culpa, a nota grave, a corda tensa,

Que prende a alma em sua crença imensa.

Ecoa nos passos, no chão da memória,

Um lamento antigo, gravado na história.

 

Medo, o silêncio entre as notas do agora,

O sopro que gela, que esconde a aurora.

Um espectro que ronda, sombra que guia,

A dúvida amarga que entorpece o dia.

 

Receio, a pausa que freia a canção,

O intervalo da vida, a hesitação.

É o fio que oscila entre o sim e o não,

O compasso partido, a indecisão.

 

E o desprezo, dissonância cruel,

Um acorde amargo, um toque de fel.

É o vazio que ressoa em ecos vadios,

Uma nota perdida em abismos sombrios.

 

No compasso da vida, só resta vagar,

Por trilhas de sombras que insistem ficar.

Um ciclo sem fim, de peso e tormento,

A vida se escreve no próprio lamento.

 

Sem promessas de luz ou redenção,

A existência pulsa em vã repetição.

A melodia amarga que nunca silencia,

O compasso da vida é pura agonia.

  • Autor: Metamorfose (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de janeiro de 2025 22:57
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8
  • Usuários favoritos deste poema: Meichan


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