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Quanto encantamento embalando minhas noites.
Espera-me as noites com meus bocejos e minhas insônias.
Não durmo! Jazo nesse febril deleitar-me de sonhos,
fitando as paredes do meu quarto. Abstraio-me.
Não durmo! Ah, esse sono que não vem! Que vem tarde!
Vem o cansaço, o abatimento desse corpo cansado...
Reflito sobre a vida e esse poema que insiste,
que teima em ocupar meus espaços, meu interior!
Outra vez essa saudade, numa noite sem lua,
essa distante lembrança do tempo esguio, das esperas,
dos fantasmas invadindo minhas noites, das sombras!
Quero voltar aquele porto, aqueles amores antigos...
Afinal, que vida me resta entre sonhos e insônias?
Resta-me estas noites escuras, esses devaneios,
essa cadeira vazia, essa noite mergulhado nesse escuro,
refazendo minhas saudades, esses suspiros deixados pelo caminho!
Ainda assim... Quanto encantamento que a vida me oferta!
Pelas noites, pelas janelas abertas, pelos poemas que atropelo,
sinto o vigor dessa vida entre estilhaços e esperanças,
entre noites e dias pulsantes, entre encontros e desencontros...
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de janeiro de 2025 14:29
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 6
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