A vida me fatia em pedacinhos
Se delícia com a minha dor
Eu deito em cubos pelo prato
E o molho barbecue me cobre
como um cobertor
Conforta meus prantos
Quase como um descanso
Me sinto sedada
Tudo corre mais lento que o normal
As fatias se formam na velocidade 0.5
E me sinto parada em uma esteira
Que corre
Antes mesmo que alguém possa puxar o prato
E se eu criasse vida e saltasse
Revivesse essa carne morta
Vulgo eu mesma
Coisa que faço inevitavelmente
Afinal, pra que desistir né
Se prometem que a vida é bela
Ou seja, belamente fodida
E prestes a te engolir.
- Autor: Alfinetes para o coração (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de janeiro de 2025 08:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
- Usuários favoritos deste poema: Flavio Eduardo Palhari
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