Esse soneto também é do livro Libretos
Se por escassez adentramos uma inédia
Mas sentimos fome, sentimos dores, ânsia
Compomos uma melodia, cuja dança
Se faz nos cânones da moderna tragédia
Se por tormentas adentramos a vil insônia
Mas sentimos sono, sentimos a canseira
Compomo-nos os ovos, cuja frigideira
É cama e o se revirar cheira a peônias
Liberdade não se conquista por ensaio
Nem é tão infinita que sentimos angústia
Ela são portas; quais abrimos é renúncia
Liberdade não é meio para um fim, traio
Sua própria natureza, a depender raios
Trovejar, livra pois tempestua por última
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Autor:
Breno Pitol Trager (
Offline)
- Publicado: 20 de janeiro de 2025 10:16
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 18
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