As paredes são brancas.
As flores são pitorescas.
As luzes são diáfanas.
As janelas são hialinas.
Abre a porta o visitante.
Sua pele tão putrificante.
Seus braços tão longos.
Seus olhos tão cegos.
Sua coluna tão torta.
Sua boca tão morta.
Ele se assenta no canto da sala.
Não adianta atacá-lo.
O que outrora abriga, agora cela.
Não adianta cobrí-lo.
Como pode tal mazela.
Quanto mais olho, mais me maculo.
As paredes são negras.
As flores são murchas.
As luzes são escuras.
As janelas são manchas.
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                        Autor:    
     
	Ultracrepidário (
 Offline) - Publicado: 20 de janeiro de 2025 08:21
 - Categoria: Não classificado
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