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A noite parecia conspirar a nosso favor, um véu de estrelas guardando o segredo do que apenas nós dois sabíamos. Eu a observava de perto, cada detalhe do seu rosto iluminado pela luz tímida que escapava pela janela. Sua presença era quase etérea, mas a forma como seu corpo reagia ao meu toque me dizia que era real, profundamente real.
Me aproximei ainda mais, como se o ar entre nós fosse um obstáculo a ser vencido. Meu coração batia forte, não por nervosismo, mas pela intensidade de tê-la ali, tão perto, tão minha. Meu desejo não era apenas por sua pele, mas por tudo o que ela representava: seus pensamentos, suas emoções, as histórias que seus olhos contavam quando me olhavam sem pressa.
Minhas mãos encontraram o caminho até sua cintura, um território sagrado que explorei com a reverência de quem descobre o infinito. A cada toque, sentia o arrepio que provocava, e isso me inflamava ainda mais. Sua respiração se tornava mais profunda, entrecortada, enquanto seus lábios buscavam os meus como se quisessem dizer algo que as palavras jamais seriam capazes de traduzir.
No momento em que nossos corpos se encontraram por completo, foi como se o universo se dobrasse em torno de nós. Havia um ritmo natural nos guiando, uma dança que criávamos juntos, onde o desejo era o maestro, mas o amor dava o tom. A cada movimento, a cada beijo, eu sabia que estava experimentando algo raro, algo que jamais seria esquecido.
Os sons que escapavam de nós se misturavam ao silêncio da noite, criando uma melodia única, uma composição de desejo e entrega. O calor de sua pele contra a minha era quase introduzido, um convite para mergulhar mais fundo nesse mar que éramos nós dois.
E então, no auge do momento, senti como se tivéssemos alcançado algo além do físico. Era como se nossos corpos tivessem deixado de ser limites, como se nossas almas tivessem se fundido em uma única chama. Foi ali que percebi: isso não era apenas paixão, era pertencimento, uma entrega completa que transcendia o espaço e o tempo.
Quando nossos corpos finalmente se aquietaram, não era o fim, mas o início de um novo tipo de intimidade. Ficamos ali, seus cabelos espalhados pelo meu peito, sua respiração se acalmando junto à minha. Naquele instante, senti que não éramos apenas dois; éramos um universo inteiro, pulsando em perfeita harmonia.
E ali, na penumbra que ainda nos abraçava, fiz uma promessa silenciosa: de que aquela noite seria eterna, guardada não apenas na memória, mas em cada fibra do meu ser. Mesmo que o sol surgisse no horizonte, nada poderia apagar o que havíamos compartilhado.
16 jan 2025 (19:02)
- Autor: Melancolia... ( Offline)
- Publicado: 16 de janeiro de 2025 18:02
- Comentário do autor sobre o poema: Sobre mais uma dessas noites que passamos novamente juntos e nos deliciamos, meu amor....S2 - Bela Flor.!!! (Não quis entrar em mais outros detalhes...)
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Mariany A.N Dutra
Comentários1
Parece cena de novela! Adorei ler essa sequência de fragmentos. Daria um belo romance de cinema!
Saudações poéticas a ti...
Satisfação por receber teu comentário aqui no meu recinto...
O coração em si, já se transforma em uma tela de cinema, dai inserimos os protagonistas para poder dar início a história de amor.
Grato pela leitura.
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