Vida- Despeço-me de ti

Valdeci Malheiros de castro

tudo e silêncio!a noite chega

E me envolve,com suas trevas sombrias

Nós braços dela, minha alma se aconchega

No agonizar extremo, da minha extrema agonia.

 

Ah!chora poeta- por fim vencido

Meu corpo jaz, sob fria mortalha

Tal qual um guerreiro, só e ferido

Que foi derrotado,em sua última batalha.

 

Tantos sonhos que morrem,por fim

Como rosas murchas que perdem a cor

E as pétalas,pálidas,choram no jardim

Como chora minha alma,de angústia e de dor.

 

São tantas lembranças-eu me lembro

Foram tantos sonhos,antigas quimeras

Que vivem comigo em velhos setembros

E hoje são flores murchas, antigas primaveras.

 

Adormeço agora,meu sono derradeiro

Nós braços da noite, tão desconhecida

E Despeço-me então,como heróico guerreiro

Dessa epopéia grandiosa,que chamamos de vida.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.