Encontro de Bar

A estória

ate parecia convincente

porem meio boba

tinha um olhar vago 

e preguiçoso.

Suspirava e ria 

quase ao mesmo tempo

as vezes fazia uma careta

mas mesmo assim não 

estava sob suspeita.

Subira a ladeira numa 

boa velocidade

as vezes com cara de choro.

O bar estava a meia luz

uma meia dúzia de rapazes

dividiam conversas 

e sorrisos em um dos cantos

ao meio do salão principal

uma sinuca vazia

um casal ao balcão animados.

La estava! sentara bem ao fundo

próximo ao balcão

num banco alto em mogno

do lado outro vazio

provavelmente a mim reservado.

Entre sorrisos de boa noite

lhe beijei o rosto

num abraço meio desajeitado

um sentado outro ainda de pé

dai conversas vai e vinha

um blues jazz e rock´n roll de fundo

ao deguste de

azeitonas 

um queijo da casa

e

vodca.

Aí saímos meio ébrios

o bar ia baixar as portas 

rimos um pra outro

abraçamos nos

selinhos aqui e acola.

Direcionamos pela madrugada

o letreiro da pousada casa de amar

piscava com algumas letras apagadas

entramos mostrando timidez

como se fosse a primeira vez.

Banhos, beijos, pegadas, orais, suspiros, tapinhas, sussurros, urros, suores.

peles penetrantes

tesão, mais beijos e suores

em fortes respirações 

gozados

adormecemos.