A Sinfonia do Mandrake (Das Mandrake Sinfonie)

kleisson

Toca o som

que é a melodia da morte escondida no véu das trevas

a jovem donzela adormece no colo do barão de Bruxelas

os músicos tocam a sinfonia do sono eterno

as pessoas no salão não se movem

todos seguem com os olhos os paços do nobre Barão

sobre seus braços descansa a jovem moça

que seduzida pelo som não desperta

a valsa se prolonga

todos não conseguem sair do lugar presos pelo som

a maldição toma conta do lugar que virou prisão das almas tolas

O barão que é dono do lugar sorri ao ver seu troféu em seus braços

uma flauta toca ao longe

que é um som perturbador aos ouvidos dos moribundos

o som destoa da harmonia dos músicos do salão

a melodia é louca e desprovida do glamour da música do salão

uma música selvagem e louca que toma conta do lugar

e cala a todos o homem vestido de palhaço acima do corredor de acesso

o som

a loucura

o homem sorri para o barão e o mostra sua ironia

a ironia do louco

todos despertam da insanidade

acordam com a tal melodia

o som que é nocivo ao ouvidos do barão

ele quebra o piano 

e grita pelos guardas

todos se afastam

suas mentiras e ilusões já não convencem mais

todos se retiram e a moça é levada para sua casa

o barão de coração mergulhado em trevas ajoelha-se no chão

e torna-se pouco a pouco pedra sem vida

e o Mandrake desaparece nas sombras do corredor

deixando sua melodia

ecoando no salão como

sua sinfonia

que

se perde na escuridão 

  • Autor: kleisson (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de janeiro de 2025 21:44
  • Categoria: Gótico
  • Visualizações: 4


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